Abstract Introduction: Studies have demonstrated the ototoxic effects of antimalarial drugs in individuals who receive these drugs, but little is known regarding the toxicity of these drugs in the newborn auditory system when administered to the mother receive the drug during pregnancy. Objective: To verify the incidence of hearing loss in neonates who have no other associated risk indicators, born to mothers treated for malaria during pregnancy. Methods: A retrospective, quantitative cohort study was developed at Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro and Clínica Limiar, both located in the municipality of Porto Velho (Rondônia). The sample consisted of 527 newborns divided into two groups: exposed to antimalarials drugs during pregnancy group (n = 32) and non-exposed group (n = 495). Data collection took place from September 2014 to December 2015, through an interview with the mothers and/or guardians of the newborn, through the newborns' and the mothers' records, and the neonatal hearing screening database of the above-mentioned institutions. Results: All the neonates in the exposed group, assessed through the recording of transient otoacoustic emissions associated with the automated brainstem auditory evoked potential test, underwent neonatal hearing screening in the first examination. Among the newborns in the non-exposed group, 30 showed failure and were retested. Of these, one continued to fail and was referred for diagnosis, in whom the results showed to be within the normal range. Among the neonates of the exposed group, infection with Plasmodium vivax was the most frequent, and was similarly distributed among the gestational trimesters, and chloroquine was the most commonly used antimalarial drug treatment more often given during the third trimester; these findings did not show any influence on the audiological findings of the studied neonates. Conclusion: The present study did not identify any cases of hearing loss in neonates born to mot hers who used antimalarial drugs during gestation.
Resumo Introdução: Estudos comprovam os efeitos ototóxicos dos antimaláricos em pessoas que fazem uso destes medicamentos, porém pouco se sabe sobre a toxicidade destes fármacos no sistema auditivo de neonatos quando ingeridos pelas mães no período gestacional. Objetivo: Verificar a incidência de perda auditiva em neonatos de mães tratadas para malária durante a gestação sem outros indicadores de risco associados. Método: Estudo quantitativo, de coorte retrospectivo, desenvolvido no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro e na Clínica Limiar, ambos em Porto Velho (Rondônia). Compuseram a amostra 527 recém-nascidos divididos em dois grupos: grupo exposto (n = 32) e grupo não exposto (n = 495). A coleta de dados ocorreu de setembro de 2014 a dezembro de 2015, através de entrevista com as genitoras e/ou responsáveis pelo recém-nascido, investigação nos prontuários dos neonatos e das genitoras e no banco de dados da triagem auditiva neonatal das instituições supracitadas. Resultados: Todos os neonatos do grupo exposto, avaliados através do registro das emissões otoacústicas transientes associado a realização do potencial evocado auditivo de tronco encefálico automático passaram na triagem auditiva neonatal no primeiro exame. Já, entre os recém-nascidos do grupo não exposto, 30 apresentaram falha e foram retestados. Destes, um continuou falhando e foi encaminhado para diagnóstico, no qual foram evidenciados resultados dentro da normalidade. Nos neonatos do grupo exposto, a infecção pelo Plasmodium vivax foi a mais frequente, mostrando distribuição semelhante entre os trimestres gestacionais, sendo a cloroquina o antimalárico mais utilizado e o tratamento medicamentoso realizado mais frequentemente no terceiro trimestre, porém tais achados não mostraram influência sobre os achados audiológicos dos neonatos estudados. Conclusão: O presente estudo não identificou casos de perda auditiva nos neonatos de mães que utilizaram antimaláricos na gestação.
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